segunda-feira, 21 de julho de 2008

Professor aloprado

Gente, só tem doido no mundo.
Pra variar fui fuxicar material pro Blog e encontro essa pérola:

Professor universitário causa tumulto no velório de Dercy

Na verdade até acho que ele foi o mais fiel dos fans ou quem quer que ele seja, já que a Dercy teria adorado um bafafá no eu velório. Imaginei que era um professor qualquer, de colégio vagabau lá de jacarepagua, mas fiquei boba quando li a reportagem: o cara é professor da UFRJ!

Um incidente envolvendo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Eduardo Potsch e seguranças da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde estava o corpo da atriz Dercy Gonçalves, marcou o final do velório. O professor, que começou a gritar dizendo que estava sendo coagido pelos seguranças da casa, foi encaminhado para a 1ª DP (Praça Mauá), onde foi autuado por desacato a funcionário e desordem em local público.

Pior que isso é o fato dele já ter antecedentes:

Em outubro de 2007, num debate sobre o filme "Tropa de elite", no campus da Zona Sul da UFRJ, o professor, conhecido por suas atitudes irreverentes, apareceu de corneta amarela e fez um barulhaço. Indignado com as respostas que estavam sendo dadas pelos convidados, ele se deitou no chão e fez críticas ao filme.


E eu achava que na UFF que geral era doidão. Aí fui gogglear o cara, óbvio! Achei o Currículo Lattes dele (tá na hora de atualizar, hein? Coloca lá que você tem experiência em protesto também), e melhor, a reportagem sobre o bate pé na UFRJ:

Com poucas perguntas, o ponto alto do debate foi a presença do professor de administração estratégica, Luis Eduardo Potsch. Conhecido por suas atitudes irreverentes, ele apareceu de corneta amarela e fez um barulhaço. Indignado com as respostas que estavam sendo dadas pelos convidados, ele se deitou no chão e criticou o filme.
Segundo Potsch, o livro de Luis Eduardo Soares, que serviu de base para o filme, não apresenta qualquer idéia original. Os alunos não gostaram da atitude do mestre. “Vaia pra ele. Coloca esse cara no saco (em alusão a um tipo de tortura que o filme mostra) Sai daí palhaço”, gritaram alguns.
Só não achei foi foto. Uma pena, queria muito ver a cara do doidão aqui. Por favor, se alguém é ou foi aluno, escreve contando!

Shame on you, professor!

17 comentários:

Anônimo disse...

Oi meu camarada. Sou Felipe Ribeiro estudante da UFRJ e aluno do polêmico professor Potsch. Gostaria de comunicar algumas coisas sobre ele:

1. Ele realmente é doidão. Adora um debate e uma polêmica. para ele a construção do conhecimento só é efetiva quando fundamenta-se na dialética, a velha negação, negação da negação, negação da negação da negação...

2. Ele é professor de metodologia da pesquiza e Administração Estratégica, mas praticamente é um MBA em gestão estratégica integrada à carreira do aluno. Por isso,raramente alguém é aprovado na matéria dele em menos de 1 ano.

3.A boa notícia é que vc não precisa estar inscrito em sua disciplina para cursá-la ou mesmo ser aluno da UFRJ para fazê-lo.

4. Loucos de plantão, preparem-se: seu método é o desconstrutivismo pedagógico. Ninguém passa por ele e permanece são.

5. Eu fiz a matéria dele, fiquei um pouco maluco, mas aprendi muito. Para falar a verdade: foi um dos preofessores que mais se preocupou com minha formação na UFRJ até agora

6.

Anônimo disse...

Infelizmente, o Potsch e' um genio de enorme potencial, que foi disperdiccado por seu desequilibrio mental (cada vez mais cronico...).

De fato, ele talvez seja o professor mais genial e mais preocupado com seus alunos. Ele dizia que queria ser ministro da economia, e muitos alunos e colegas realmente acreditavam no seu potencial.

Mas ele colocou tudo a perder com seu estilo de agressao desmesurada e descontrolada. Ele acredita que mudanca requer violencia. O resultado e' que ele causa sofrimento e angustia desnecessario nos outros. (Imagine como vc se sentiria se ele badernasse no velorio do seu parente...)

Foucault dizia que acusacoes de loucura sao artificios de repressao politica. Mas Foucault tb acrescenta que loucura pode representar uma desordem que merece remedio...

Anônimo disse...

Olá! Sou Fernanda Di Genio e fui monitora dele durante 5 anos e falamos o maior e melhor professor da UFRJ, de alguém que vive respira e ama ensinar.Alguém que esta comprometido com a história e que não pretende ser entendido em sua geração.
Alguém que vive em uma biblioteca, que não tem nehum apelo consumista, que gasta a maior parte de seu salário pagando bolsa de estudos do próprio bolso.
Alguém que não se esconde em seu status quo , que não tem medo de se expor ao ridículo e não vê nota só o potencial do aluno.Que leva porteiros ,faxineiros seus filhos etodos que querem aprender para sua sala na UFRJ e os empodera de cidadania.
Alguém que me tirou da lama da mesmice e da mediocridade e me levou até o pensamento estratégio e me fez honrar meu nome.
Não ouse ser hipócrita perto dele!

Anônimo disse...

Ele é pancada da cabeça!!
é extremamente inteligente.. da uma aula foda mas é maluco! completamente....rs

Unknown disse...

Durante um curso de graduação, principalmente em administraçao (curso generalista e de direcionamentos mais diversos) professores se destacam por revisar e repetir regras e receitas de bolo desnecessários em um mundo cada vez mais dinâmico e com mundaças de paradigmas recorrentes. <- SÃO UNS MERDAS!
Na Universidade do Brasil (UFRJ), um professor tem a capacidade de despertar nos alunos um pensamento crítico, tirando-os da zona de conforto, alimentando a contestação, reflexão e construção de conhecimento. Este professor é o POTSCH.
Aulas como as dele são e serão raras ao longo da vida acadêmica de qualquer aluno.
Sorte minha, e de meus colegas, que tivemos a oportunidade de aprender com ele.

Anônimo disse...

Um professor excepcional. É só o que tenho a dizer do Potsch.

Anônimo disse...

Um professor excepcional. É só o que tenho a dizer do Potsch.

Unknown disse...

Um professor excepcional !!!
Segundo ele caminhamos sempre numa resultante de forças. E a pretenção dele é ser esta força que nos leva a um ponto melhor.
Tive rápida convivência com ele. Assisti sua aula no campus da praia vermelha, e terminamos a madrugada comendo bife a cavalo no Lamas do Largo do Machado.
Foi o melhor professor que tive!
Fui aluno do Colégio Militar e da Escola Preparatória do Exército. Depois disso nunca mais achei um professor que me desafiasse e me retrouxesse o interesse real pela academia. Até encontrá-lo !!!
Depois dele....criei um sindicato...ocupei vários cargos de chefia inportantes em emu Estado...haaa. tb fui preso..rsrsr
Faz parte do que aprendi com o mestre !!! Mas fui absolvido !!! rsr..claro..Vítima da truculência do sistema.
Vida longa ao mestre !!
Clauber Aguiar

Anônimo disse...

Ele é realmente um doido, e, já no primeiro período, conseguiu fazer com que minha turma pedisse junto ao corpo deliberativo UFRJ seu afastamento definitivo.

dione disse...

Olá, sou Dione Castro da Silva e conheço(?) o POTSCH há...vinte e alguns anos. Ele é Gênio, Iconoclasta, anti-convencional, polemista... na verdade, deveria ser Advogado, como eu, para subverter o encarquilhado, vetusto e emperrado Judiciário Brasileiro, levando às últimas consequencias a sua bandeira, o AGIR COMUNICATIVO (tese do Filósofo JÜRGEN HABERMAS) - o convencimento do Juiz é puramente técnico ou, é convencido pelo discurso do Advogado?
Enfim, o POTSCH é dez; uno a minha voz a da Fernanda Di Gênio.
Pena ter alunos tão medíocres, como o Anônimo acima que, ainda se ufana da sua mediocridade.
Dione.

Alessandra Foeldes disse...

CONHECO o Prof. Potsch há 15 anos.Sei como e exagerado, apaixonado pelo ensino.abandonei meus estudos cedo,desanimada decepcinada com o ensino e professores. Ele me despertou o interesse de virar o jogo estudei mais,aprendi gostar de leitura, a ver tudo como outros olhos.Nunca fui aluna da UFRJ, mas sou sua aluna na escola da vida. abraços de sua discípula da Suíça. A.F.R

Sérgio Luis Alves Pereira disse...

Fui aluno do Potsch, ele realmente é uma pessoa difícil, mas genial... ele está ali para cortar as amarras da mesmice, para que possamos questionar a realidade. Será que as coisas têm que ser exatamente como são? Lembro-me do que ele falou para mim: "meu amigo, você tem que chegar ao trabalho pronto para que seja seu último dia ali, você tem que chegar para revolucionar o negócio..." Acho que todos deveriam fazer uma reciclagem com ele de vez em quando, para levar um choque e questionar sua realidade.

Alexandre Vasconcellos disse...

Fui aluno do Poscth e seu discípulo/ estagiário/ pesquisador por pouco mais de um ano.

Mudou a minha vida, minha percepção de mundo e de mim mesmo como nada, em nenhum momento, jamais mudou.

Obviamente, estou longe de ser algo pronto, mas se tiver que contar, um dia, uma história pessoal de sucesso, nunca poderia deixar de citá-lo como a pessoa que forjou parte do meu caráter.

Raphael Dias Nunes disse...

Fui discípulo do LE Potsch junto com o grande amigo acima, Alexandre Vasconcellos.

Sua metodologia é repugnada por muitos, mas extremamente eficaz para os poucos que resolvem assimilar. Sua forma de analisar e pesquisar um conteúdo qualquer é extremamente proveitoso aos alunos que conseguem se interessar por seu conteúdo. Assim como alguns já relataram, já virei madrugadas em conversas intermináveis com ele, junto ao seu grupo de pesquisa.

O Potsch é uma figura essencial para a universidade, para a vida acadêmica. Todo mundo deveria entender seus métodos.

Anônimo disse...

Conheci o professor Potsch quando entrei na UFRJ em 1995 no curso de administração. É uma pessoa diferente de tudo o que eu vi como docente e discente. Ele é um apaixonado pelo que faz e apesar de ser uma pessoa excêntrica é capaz de mudar a vida de alguns que conseguem entender seu jeito peculiar de ser. Outros, como eu, percebem o quão importante ele foi quando começam a trabalhar, pois muito do que ele falava atravessava as barreiras da universidade. Um exemplo de dedicação à universidade é que ele tinha a chave de sala de aula para poder ficar dando aula até tarde da noite quando a maioria dos professores terminava as aulas mais cedo. Seu apartamento em Botafogo era uma biblioteca literalmente, com estantes de livros cobrindo a sala inteira. Potsch é louco? acho que sim, mas são os loucos, os audaciosos e os contestadores é que são capazes de mudar a vida das pessoas, e, apesar dos seus defeitos, suas cartas abertas e seus escândalos ele foi capaz de forjar a maneira de pensar de muitas pessoas que hoje ocupam cargos executivos no país.

Anônimo disse...

Ele é um louco! Está perseguindo uma aluna pelo fato dela ser homossexual e ter dado um "fora" nele. Ele não tem noção da realidade e limites. Perseguiu até a mãe da menina, mandou emails ofensivos, constrangeu a jovem...

Anônimo disse...

Fui aluno na UFRJ de 92 a 96, logo antes alguns alunos propuseram o ImPotschment, na moda do então recente Collor , pedindo o afastamento do Potsch. Após um primeiro debate em sala de aula no primeiro período, escrevi um artigo no jornal dos alunos, onde critiquei sua coordenação acadêmica. Depois foram uma série de embates, onde ele mostrou uma rivalidade com admiração por minha postura crítica.
Fico feliz em ver que vários alunos beneficiaram de sua convivência. Mas acho que sua idéias poderiam ser passadas sem a loucura guerrilheira, assim teria mais credibilidade.
Existiam histórias ou estórias, não sei quanto a veracidade, sobre ele ter sido culpado pela morte de seu irmão na infância, e de uma separação traumática de um casamento. Algo aconteceu no caminho que desviou seu comportamento. Não sei se a genialidade existiria sem a loucura, mas poderia contribuiir mais se fosse o caso.